[TRIBUTO] AS MUITAS REALIDADES DE WILLIAM GIBSON

quinta-feira, 20 de março de 2014


No último dia 17 de março William Gibson comemorou 
seu 66o. aniversário. E é com orgulho que o LLM
apresenta aos nossos leitores um pouco da vida desse
grande escritor.  

Saudações, amigos!!! Hoje é dia de [TRIBUTO] e, dessa vez, revisitaremos um pouco da vida de um dos meus autores favoritos de Ficção Científica. Autor de muitas obras importantes para o estilo (dentre elas Neuromancer, já resenhado aqui no blog), William Gibson é um dos mais atuantes e versáteis autores de ficção, narrando desde histórias tendo a cultura “cyberpunk” como temática à cultura “steampunk” da era vitoriana.

Nascido em 17 de março de 1948, o autor americano despertou seu interesse por ficção científica casualmente; seus pais mudavam muito de residência, e isso acabou fazendo dele um jovem tímido e introvertido, tendo nos livros um escape para a falta de relacionamento com outras pessoas.

Às vésperas do inicio da guerra do Vietnã Gibson, para fugir do alistamento, decidiu emigrar para o Canadá, onde passou a ser influenciado pela contracultura – movimento que utilizava os meios de comunicação para contestar a cultura da época -, e que acabou lhe sendo base inspiradora para seus primeiros contos. Sob a influência de autores como Alfred Bester, Thomas Pynchon e Jose Luis Borges, Gibson iniciou sua carreira escrevendo contos para revistas de ficção científica, sempre retratando um mundo alterado pela influência dos computadores e de grandes corporações geradoras de pobreza em ambientes futuristas.

Cara de quem ia ser escritor de ficção desde cedo, não?

Eram constantes desse cenário o contraste entre a fragilidade da vida – em geral imersa em vícios por narcóticos e outros desregramentos – e a alta tecnologia na qual ela acabava se envolvendo em um processo simbiótico. E, sob essa premissa, Gibson escreveu seu primeiro e mais famoso livro: Neuromancer (1984) - resenhamos esse livro, clique aqui e a leia!!! - , tido como um grande sucesso pela crítica e vencedor de diversos prêmios. Essa obra se utilizou das ideias de Burning Chronicle, um de seus primeiros contos e que lançou as ideias seminais do que viria a se tornar a Trilogia do Sprawl junto de seus sucessores Count Zero (1986) e Mona Lisa Overdrive (1988). A dimensão dessa obra para a ficção científica é imensa: basta dizer que ela influenciou fortemente os irmãos Wachowski na elaboração de Matrix.

Capa de Neuromancer, seu romance mais conhecido. 

Mostrando versatilidade, Gibson escreveu ainda A Máquina Diferencial (1990) em parceria com Bruce Sterling, sob a temática steampunk – baseado na Era Vitoriana, ou a Era do Vapor. Nessa obra, Gibson e Sterling narram a mudança da sociedade após a invenção de um computador pelo matemático Charles Babbage. Em seus três últimos livros sendo o mais recente Zero History (2010), Gibson já trabalha com um mundo contemporâneo. Tais escritos inclusive o colocaram pela primeira vez nas listas mainstream dos mais vendidos.

Cidades mistas entre pobreza e alta tecnologia permeiam
as histórias de Gibson.

Embora a crítica cite como a grande tríade da ficção Isaac Asimov (Eu, Robô), Arthur C. Clarke (2001) e Robert A. Heinlein (O Dia depois do Amanhã), esse que vos escreve já a vê composta por, além de Asimov, Frank Hebert (Duna) e William Gibson. Mas ai já é polêmica para outra postagem...


Grande abraço e até a próxima!!!

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