No último dia 17 de março William Gibson comemorou
seu 66o. aniversário. E é com orgulho que o LLM
apresenta aos nossos leitores um pouco da vida desse
grande escritor.
Saudações, amigos!!! Hoje é dia
de [TRIBUTO] e, dessa vez, revisitaremos um pouco da vida de um dos meus
autores favoritos de Ficção Científica. Autor de muitas obras importantes para
o estilo (dentre elas Neuromancer, já resenhado aqui no blog), William Gibson é
um dos mais atuantes e versáteis autores de ficção, narrando desde histórias tendo
a cultura “cyberpunk” como temática à cultura “steampunk” da era vitoriana.
Nascido em 17 de março de 1948, o
autor americano despertou seu interesse por ficção científica casualmente; seus
pais mudavam muito de residência, e isso acabou fazendo dele um jovem tímido e
introvertido, tendo nos livros um escape para a falta de relacionamento com
outras pessoas.
Às vésperas do inicio da guerra
do Vietnã Gibson, para fugir do alistamento, decidiu emigrar para o Canadá,
onde passou a ser influenciado pela contracultura – movimento que utilizava os
meios de comunicação para contestar a cultura da época -, e que acabou lhe
sendo base inspiradora para seus primeiros contos. Sob a influência de autores
como Alfred Bester, Thomas Pynchon e Jose Luis Borges, Gibson iniciou sua
carreira escrevendo contos para revistas de ficção científica, sempre
retratando um mundo alterado pela influência dos computadores e de grandes corporações
geradoras de pobreza em ambientes futuristas.
Cara de quem ia ser escritor de ficção desde cedo, não?
Eram constantes desse cenário o
contraste entre a fragilidade da vida – em geral imersa em vícios por
narcóticos e outros desregramentos – e a alta tecnologia na qual ela acabava se
envolvendo em um processo simbiótico. E, sob essa premissa, Gibson escreveu seu
primeiro e mais famoso livro: Neuromancer (1984) - resenhamos esse livro, clique aqui e a leia!!! - , tido como um grande sucesso
pela crítica e vencedor de diversos prêmios. Essa obra se utilizou das ideias de
Burning Chronicle, um de seus primeiros contos e que lançou as ideias seminais
do que viria a se tornar a Trilogia do Sprawl junto de seus sucessores Count
Zero (1986) e Mona Lisa Overdrive (1988). A dimensão dessa obra para a ficção científica é imensa: basta dizer que ela influenciou fortemente os irmãos Wachowski na elaboração de Matrix.
Capa de Neuromancer, seu romance mais conhecido.
Mostrando versatilidade, Gibson
escreveu ainda A Máquina Diferencial (1990) em parceria com Bruce Sterling, sob
a temática steampunk – baseado na Era Vitoriana, ou a Era do Vapor. Nessa obra,
Gibson e Sterling narram a mudança da sociedade após a invenção de um
computador pelo matemático Charles Babbage. Em seus três últimos livros sendo o
mais recente Zero History (2010), Gibson já trabalha com um mundo
contemporâneo. Tais escritos inclusive o colocaram pela primeira vez nas listas mainstream dos mais
vendidos.
Cidades mistas entre pobreza e alta tecnologia permeiam
as histórias de Gibson.
Embora a crítica cite como a
grande tríade da ficção Isaac Asimov (Eu, Robô), Arthur C. Clarke (2001) e Robert
A. Heinlein (O Dia depois do Amanhã), esse que vos escreve já a vê composta
por, além de Asimov, Frank Hebert (Duna) e William Gibson. Mas ai já é polêmica
para outra postagem...
Grande abraço e até a próxima!!!
0 comentários:
Postar um comentário