Saudações, amigos!
Hoje em nossa coluna de contos,
traremos uma história que, embora curta, serviu de inspiração para tudo o que
veio a ser escrito sobre vampiros. “The Vampyre”, de John Polidori foi mais do que
uma obra pioneira: foi um marco da própria literatura gótica e de terror.
John William Polidori nasceu em 1795 em Londres, Inglaterra. Formou-se em medicina pela Universidade de Edimburdo e, assim, fora contratado por Lord Byron como seu médico pessoal. Em uma de suas viagens ao lado de Byron, Polidori foi a Genebra onde eles se encontraram com Mary Wollstonecraft Godwin, noiva de Percy Bysshe Shelley, e Claire Clairmont. Uma noite, em junho, depois de o grupo ter lido o livro “Tales of the Dead” - uma coleção de contos de horror escrito por Sarah Elizabeth Utterson - Byron sugeriu que cada um escrever uma história de fantasmas. E, dessas histórias saíram “The Vampyre” de Polidori e “Frankeinstein”, de Marry (que depois passaria a ser conhecida por Marry Shelley).
"The Vampyre", por algum tempo, era dito obra de Lord Byron.
O conto se inicia com Aubrey, um
jovem rapaz inglês conhecendo um estranho homem chamado Lord Ruthven, e o
acompanha até Roma em uma viagem. Chegando lá, Ruthven se envolve com a filha
de um conhecido em comum dele e de Aubrey, fazendo com que o jovem inglês
prossiga em viagem – agora sozinho – até a Grécia.
Lá, Aubrey conhece Ianthe, a
filha de um estalajadeiro local e eles iniciam um relacionamento. Em uma de
suas conversas, Ianthe conta a Aubrey uma estranha lenda sobre mortos-vivos que
sugam o sangue de pessoas para saciar sua fome, chamadas de vampiros. Por sua
vez, Aubrey não demonstra acreditar na história, considerando-a apenas um mito
local.
Enquanto isso, Lord Ruthven chega
a Grécia e vai a busca de seu amigo. Reencontrando-o, ele conhece Ianthe, a
quem parece lhe ter muita simpatia. Tudo corria bem, até que Ianthe é
encontrada morta e em seu pescoço são encontradas marcas de prezas, além de que
seu sangue fora drenado. Assim, Ruthven e Aubrey se põem novamente a viajar,
mas são atacados por bandidos, que ferem Ruthven mortalmente. Em seu leito de
morte, Ruthven pede ao seu amigo que nada sobre sua morte seja dito por um
período de um ano e um dia, causando estranheza. Ainda assim, Aubrey lhe faz
essa jura, e resolve regressar a Londres. Durante a viagem ele chega a uma
estranha constatação: todas as pessoas com quem Lord Ruthven se envolvia
acabavam morrendo tragicamente.
"Afff... nem fui o primeiro vampiro..." - Conde Drácula
Tempos depois, Aubrey descobre
que sua irmã está noiva de um homem e, para a sua surpresa esse homem é... Lord
Ruthven!!! Aterrorizado, Aubrey acaba tendo um ataque, ficando incapacitado
de avisar sobre o perigo trazido por seu tenebroso “amigo”. Ainda assim, em seu
último esforço, Aubrey envia à irmã uma carta, contando a história de
Ruthven... tarde demais. O vampiro acaba se casando com ela e, em sua noite de
núpcias, ela é encontrada morta, sem nenhum sangue no corpo. Lord Ruthven
escapara impune, deixando para traz apenas mais dor e sofrimento.
Sensacional, não é? O conto é
muito fácil de ser encontrado nos livros de terror – eu o li em uma coletânea
chamada “Contos Clássicos de Vampiro”, lançado pela Editora Hedra. Com certeza
trarei mais desses contos para essa coluna, pois todos são realmente muito
bons. Além disso, existe um livro – já resenhado aqui no blog (clique aqui paraver a resenha) chamado “As Piedosas”, onde o autor argentino Federico Andahazi
cria uma ótima história sobre esse dia em que Byron, Polidori, e os demais
resolvem criar as histórias.
Grande abraço, e até a próxima!
0 comentários:
Postar um comentário